quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O Sol

O Sol






O Sol nasce,
Brilhante e imponente,
Nesta manhã de ressaca emotiva.
Nem o dilúvio ajudou a minha cara lavar!
Um dia chuvoso - Um dia chuvoso basta para quer ter o Sol comigo.
Recolho os estilhaços que deixei para trás...


O Sol cresce
Aos solavancos.
A tua inevitável sombra,
Que ainda paira por estes campos verdejantes,
Assombra a semente que agora almejava germinar.
Enfrento um caminho vacilante, duro e solitário,
Esfrego a cara e exclamo: “É agora!”.


O Sol ergue-se,
Com toda a sua plenitude,
E olho para ele de longe temendo nunca o alcançar.
Cuspo veneno e blasfémias
Enquanto a Luz, galopante, vai e volta.
Caio e levanto-me, na esperança de um dia o Sol querer voltar ...


O Sol desce!
Antevendo uma partida inexorável.
Sopra a brisa, recolhe o sonho;
Suo sangue e insanidade,
Podridão visceral adormecida ao relento
Que me faz questionar – “Morrer ou matar?”.
Misturo-me com o pó e cinza da minha insignificante existência!


O Sol funde-se com o Horizonte
E o meu Mundo desaba...

1 comentário:

  1. a tua escrita faz-me lembrar um pouco a do Fernando Ribeiro :p

    adorei :D

    ResponderEliminar