domingo, 27 de dezembro de 2009

Amar

Amar



"Love is my religion - I could die for it." - John Keats



Amo as palavras,

Que escorregam a um ritmo frenético

Através de um lápis moribundo,

Sedento de nexo, de ordem,

De razão, de lógica...

Limita-se a sentir o que eu sinto,

A falar daquilo que não consigo falar,

A exprimir a vida, a morte... o amor!!

As palavras escapam

E o significado morre,

Muito antes de o chegar a ter...


Amo a música.

As notas soltas que se juntam

Que se unem em harmonia,

Para apaziguar a falta Desta

Que recheia a nossa vida.

A música é como o amor,

Só se percebe quando se sente

E apenas se o tem verdadeiramente

Quando existe um receptor.


Amo o amor.

Os olhares confusos que se entrelaçam

Num corredio de sentimentos sem fim.

As muralhas que se cingem a pequenos muros

Onde a vontade e a união mitiga as suas barreiras.

O requinte dos gestos, a majestade do toque

Que levam um erudito a aceitar a insignificância

Da sapiência na vida em si.


Eu amo

Com todas as minhas forças,

Mas isso não basta,

Quando o que para mim basta

É ser amado de volta.



Vazio

Vazio




There is no greater sorrow than to recall happiness in times of misery”- Dante Alighie



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O que é o Vazio?

É olhar para o relógio e não ver os ponteiros a andar.
É ouvir as gotas a cair e desejar o regresso do sol.
É tocar nos espinhos duma rosa e ficar indiferente.
É degustar um beijo e sentir o frio da cara.
É sentir a dor do amanhecer e querer nunca ter acordado.


Onde está o Vazio?

Está no Fogo, ardendo sem vivacidade.
Está no Chão, pisado sem dó.
Está no Mar, fadado a não voltar.
Está no Céu, erguido sem fé.
Está na Luz, brilhando sem vigor.


Como é o Vazio?

É olhar a bela mas ver o monstro.
É encarar o espelho mas contemplar o nada.
É saber mas não perceber.
É sangrar mas não sentir dor.
É não querer viver mas ter medo de morrer.

Eu tenho tudo no vazio
e o Vazio está todo em mim...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O Sol

O Sol






O Sol nasce,
Brilhante e imponente,
Nesta manhã de ressaca emotiva.
Nem o dilúvio ajudou a minha cara lavar!
Um dia chuvoso - Um dia chuvoso basta para quer ter o Sol comigo.
Recolho os estilhaços que deixei para trás...


O Sol cresce
Aos solavancos.
A tua inevitável sombra,
Que ainda paira por estes campos verdejantes,
Assombra a semente que agora almejava germinar.
Enfrento um caminho vacilante, duro e solitário,
Esfrego a cara e exclamo: “É agora!”.


O Sol ergue-se,
Com toda a sua plenitude,
E olho para ele de longe temendo nunca o alcançar.
Cuspo veneno e blasfémias
Enquanto a Luz, galopante, vai e volta.
Caio e levanto-me, na esperança de um dia o Sol querer voltar ...


O Sol desce!
Antevendo uma partida inexorável.
Sopra a brisa, recolhe o sonho;
Suo sangue e insanidade,
Podridão visceral adormecida ao relento
Que me faz questionar – “Morrer ou matar?”.
Misturo-me com o pó e cinza da minha insignificante existência!


O Sol funde-se com o Horizonte
E o meu Mundo desaba...

domingo, 30 de agosto de 2009

The Raven



The Raven






Oh, my Mighty Raven!

Thou, the keeper of lost souls,

Rise up mine till heaven

Since in life I’ve no goals.


Scratch me with thy claws,

Behold the tears where I sailed.

Still stuck in the grief’s jaws,

Hanged in dreams once failed.


Thou, that stands above that tree

Where leaves survive no more,

Take away this mystery
That made me lock that door!


Raven, the lord of internal war,

Take us all to the crimson skies,

As I can hear the shadows’ roar

In the place where all hope dies.


Make me finally rest in peace;

Take me away without the pain.

Of my nightmares I’ll release,

Since my dreams fall like rain.


Devour all my will to live!

Leave thy feathers on my skin,

All its darkness you want to give.

Tear me down, once you’re in...